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Colheita da soja se aproxima do final no Rio Grande do Sul

por Ana Lúcia Jacomini

Dados das culturas e criações são divulgados semanalmente pela Emater

Imagem Ilustrativa
Foto: Divulgação/Emater

A colheita da soja no Rio Grande do Sul está prestes a encerrar. A proporção de área colhida é muito próxima a 100% de acordo com o Informativo Conjuntural elaborado e divulgado pela Emater. Restam colher apenas pequenas áreas nas regiões de Ijuí, Porto Alegre e Pelotas, semeadas após o período recomendado no zoneamento agroclimático ou cultivadas em sucessão ao milho, que não apresentam significância estatística expressiva. A área cultivada de soja no Estado é superior a seis milhões de hectares e a produtividade estimada é de 1.9 quilos por hectare. Ainda na soja, as instituições financeiras começaram a disponibilizar financiamentos para as lavouras da safra 2023/2024, por meio da liberação de recursos pré-custeio destinados à aquisição de fertilizantes.

No milho safrinha, a colheita avançou em ritmo lento e alcançou 93% da área cultivada, que é de pouco mais de 810 mil hectares. Atualmente 5% das áreas de milho estão em maturação e 2% em enchimento de grãos. A produtividade estimada para o RS é de 4.4 quilos por hectare. As precipitações ocorridas foram benéficas para as lavouras de milho safrinha, que atualmente estão na fase de enchimento dos grãos. A maior parte das lavouras implantadas nos meses de janeiro e fevereiro apresenta boas condições de desenvolvimento, exibindo aparência geral saudável e formação adequada de espigas. Entretanto, chama a atenção o elevado número de cigarrinhas presentes em muitas lavouras, especialmente no Norte do Estado.

Milho silagem - A área implantada no Estado é superior 357 mil hectares. A produtividade atual indica produção de 20 mil quilos por hectare. As atividades de corte e ensilagem das lavouras prosseguiram. Estima-se que 96% dos cultivos destinados a esse propósito tenham sido colhidos. No entanto, devido à contínua queda nos preços do cereal, houve aumento na área destinada à produção de alimento volumoso conservado em detrimento da produção de grãos.

TRIGO

A área cultivada de trigo no Estado na safra 2022 foi de maior que um milhão e meio de hectares, segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Agora, a Emater está finalizando o levantamento de intenção de plantio, cujos resultados serão divulgados ainda na primeira quinzena de junho. Alguns fatores influenciam na definição da área a ser plantada, tais como a previsão de ocorrência do fenômeno El Niño, que tende a aumentar o volume de precipitações no final do ciclo da cultura, e uma variação negativa na cotação do produto, o que impacta na decisão dos produtores. Contudo, segundo a entidade, tem-se como fator positivo a ser considerado, a obtenção de uma safra extraordinária no ano anterior, na qual foram alcançadas excelentes produtividades e alta qualidade dos grãos, o que satisfez os produtores.

As primeiras semeaduras de trigo foram iniciadas em 11 de maio, em lavouras localizadas no Noroeste do Estado, mas não é considerada uma área significativa. A área semeada aumentou ligeiramente a partir do último dia 21 de maio, data de início do período recomendado para a região da Fronteira Oeste. Nessa região, parte dos produtores está concentrando o plantio nas variedades mais precoces, a fim de não atrasar o cultivo subsequente de soja. No entanto, a maior parte das áreas destinadas ao cultivo de trigo no Estado ainda está passando por manejo pré-plantio por meio do uso de dessecantes e da realização de subsolagem em algumas áreas. Essas práticas visam aumentar a capacidade de absorção de água do solo, uma vez que são esperadas chuvas em maior volume nos próximos meses.

Aveia branca - A semeadura de aveia está mais adiantada em comparação à cultura do trigo. Inicialmente, a operação ocorreu em ritmo lento devido às baixas condições de umidade do solo. No entanto, após a ocorrência de chuvas, o plantio ganhou velocidade. As lavouras emergiram com boa densidade de plantas e apresentaram bom desenvolvimento, com a emissão de folhas novas de tamanho ideal. Houve leve redução dos entrenós, o que não compromete a cultura, mas beneficia a redução da probabilidade de acamamento das plantas. Quanto aos aspectos fitossanitários, observa-se baixa incidência de pragas e doenças.

PASTAGENS E CRIAÇÕES

As pastagens implantadas em março e em abril apresentam maior capacidade de suporte de animais, enquanto as áreas implantadas nas últimas semanas ainda estão iniciando seu desenvolvimento, além de terem recebido aplicações de adubação em cobertura para melhorar a taxa de crescimento.

As áreas com ressemeadura natural de azevém apresentam boa produção de forragens, permitindo o pastejo, que está sendo feito de forma gradual para evitar o rebaixamento excessivo das plantas. Já as forragens nativas estão com reduzida taxa de crescimento, situação que deve se intensificar até o início da primavera.

Com a melhora na disponibilidade forrageira, os rebanhos têm melhorado as condições corporais. As temperaturas mais baixas também beneficiaram a manutenção do bem-estar dos animais a campo e nos confinamentos. Os produtores estão realizando o desmame dos terneiros, visando à comercialização, assim como das fêmeas que não emprenharam para descarte.

A entrada dos animais nas áreas de pastagens de aveia e azevém, devido às condições de tempo favoráveis ao bem-estar e ao consumo pelos animais, possibilita a recuperação da produtividade. Diversos produtores de leite já estão utilizando a silagem de milho feita durante o período de verão, melhorando a disponibilidade de alimentos volumosos para os rebanhos. A ocorrência de chuvas no final do período causou a formação de barro nos locais de acesso à ordenha, aumentando a necessidade de cuidados para não haver contaminação do leite nem aumento de casos de mastite nas matrizes em lactação.

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