O Governo do Estado aceitou o pedido de situação de emergência do município de Marau. A homologação foi publicada nesta semana. Agora, Defesa Civil e Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural atuam no encaminhamento de documentos para o governo federal. A partir do aceite da União, Marau passa a estar apto a receber recursos de programas e projetos de auxílio aos produtores rurais e a população como um todo, que sofre as consequências da falta de chuva e do déficit hídrico.

De acordo com dados do escritório municipal da Emater, o milho apresentou perdas de 50% nesta safra. Esse índice é menor do que o registrado no ano passado, quando os danos chegaram a até 90% em algumas regiões, pois a estiagem durou mais dias e começou mais cedo.

A soja – principal cultura de verão no município, contabiliza perdas consolidadas na faixa dos 35%. As lavouras mais prejudicadas segundo a engenheira agrônoma Edivane Ferro, que chefia a entidade, são as do cedo, que enfrentaram cerca de 45 dias sem chuvas no período de enchimento de grãos. Essa soja, explica ela, já está sendo colhida e apresenta tamanho menor que o padrão. Os produtores já estão acionando o seguro.

Por outro lado, as lavouras de resteva, semeadas mais tarde, estão se recuperando a partir das chuvas das últimas semanas. Se o padrão do clima seguir normalizado, essa soja conseguirá encher o grão e a safra poderá ser considerada razoável. Além de Marau, os municípios da região também decretaram situação de emergência.