Clima de fevereiro é fundamental para definir potencial das culturas de verão
Baixar ÁudioAcompanhe o que diz o engenheiro agrônomo, Julcemar Zanin
O recém-iniciado mês de fevereiro é fundamental para definir o potencial das culturas de verão. A afirmação é do engenheiro agrônomo, Julcemar Zanin. Em entrevista à Tua Rádio Alvorada, Zanin, que também é empreendedor do setor agrícola, apresentou uma análise do clima, neste momento em que a formação fisiológica, principalmente dos grãos de soja, a principal cultura nacional, precisa de luz e tempo mais seco.
Desde o final de 2020, a escassez de chuva deu lugar a um grande volume de água. Embora esparsa, a chuva já se torna uma preocupação em algumas regiões. “O momento é para que os técnicos e produtores trabalhem pelo remanejamento, controle e monitoramento das lavouras. Apesar da instabilidade, com o uso de tecnologia, o replanejamento se torna essencial até para o controle das pragas”, destaca Zanin.
A mais expressiva preocupação dos produtores é a ferrugem asiática, que se manifesta em períodos chuvosos, sobretudo onde o plantio é antecipado. O controle das doenças também requer maior atenção já que organismos nocivos à planta se tornam cada vez mais resistentes aos defensivos. “Por isso hoje se preconiza muito a rotação de princípios ativos”, explica o agrônomo.
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Contrariando usas próprias expectativas, Zanin diz que a safra 2020/2021 talvez não seja recorde, como muitos analistas do setor indicam, mas traz indicadores otimistas. “Quando poderíamos imaginar, por exemplo, o milho sendo comercializado a R$75,00? Podemos, inclusive, falar em uma valorização de 70% no preço do mercado de grãos”, ele diz. A manutenção da cotação do dólar e a demanda por grãos e alimentos que deve crescer em países europeus e asiáticos também é uma variante favorável, conforme indica o agrônomo: “Teremos uma excelente safra. E nós, o Brasil está intensamente inserido nisso, pois somos o grande celeiro do mundo”.
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