Só percebeu a felicidade quando ela dobrou a esquina
Absorto consigo andava pelos dias... Seguia no automático, sem perspectivas e sem alegria.
A vida lhe disse um milhão de vezes para alimentar a felicidade, e ele não quis ouvir. Permaneceu surdo a tudo e a todos, até que as oportunidades se perderam, o importante foi embora, e ele, ao olhar para o nada que se formou, percebeu o que deixou escapar.
Por longo tempo seguiu, alheio a si, ao outro, à vida. Descuidado com as pequenas coisas importantes que ilustravam seu dia. Não sabia se merecia a alegria ou não. Acreditava que a felicidade correria atrás de si para sempre.
Precisou viver a falta, o andar descuidado, perder muita coisa importante, para verdadeiramente correr atrás do que valia a pena e tentar resgatar.
Percebia agora que dentro do certo e do errado haviam muitos caminhos, não existia um jeito único que pudesse magicamente mudar as coisas, os rumos, a vida...
Andou por longo tempo distraído, agora queria mudar.
Num novo olhar, via a vida que deixou escapar, a que vale a pena tentar resgatar... a que estava dentro de si...
Estava tão desatento que só percebeu a felicidade quando ela dobrou a esquina... correu incansavelmente atrás dela...
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