Resgatar o brilho da alma
Encolhi-me dentro de mim e fiquei a observar o tempo, a arrogância da alma... sem compreensão vi passarem, e cada vez mais pequena senti me tornar.
Como Alice no País das Maravilhas, vi-me encolhendo... encolhendo no mundo das desmaravilhas... ali, nesse lugar, os quadros perderam as cores, a força perdeu o encanto e eu perdi a coragem de continuar tentando... Já não me restava muito a fazer, e isso criava uma lacuna dentro de mim, entre meus sonhos e a desesperança. Um vão frágil e triste, que marcaria para sempre partes da minha história – ou melhor, daquele momento da minha história.
Questionava-me: Quantas vezes precisamos nos encolher para nos recriar? Quantas vezes nos perdemos no caminho e ficamos aquém do que gostaríamos? Quantas vezes procuramos o sentido para mudanças e para novas construções?
Incansáveis somos quando tentamos de uma maneira não imaginada, algo ainda não arriscado. Diferentes formas de buscar nos tornam novos seres humanos que primam por transformar o vivido.
Ali encontrava o tentar, tentar e tentar novamente, até resgatar o brilho na alma que nas curvas da vida vi surgir...
Comentários