Pessoas indigestas são as que não aprenderam a amar, ou melhor, a se amar. Nelas ficam espaços abertos que refletem no outro. Brechas difíceis de entender e de lidar.

Elas estão em todo lugar, mostrando ou somente desejando saber mais, serem melhores. Mas será que realmente se sentem assim? Elas repetem padrões de comportamento estipulados, absorvidos de um outro tempo, seguem no automático.

Não sabem onde está o próprio sentir... A empatia passou longe de si, nem tem a noção de que ela verdadeiramente exista.

Podemos observar também aqueles que se atrapalham sem querer, que não conseguem se desculpar, pelo que, mesmo sem querer, erroneamente fizeram e que esperam do lado de fora da porta uma autorização, um pedido de desculpas... E assim, por longo tempo permanecem do lado de fora, distante de algo bom que poderia ter construído e vivido. Pelo não se sentir parte de algo importante ou por somente esperar tudo do outro e não ser capaz de transformar uma realidade que ele mesmo desencadeou, segue a vida...

Prefiro pensar que existem muitas atrapalhações, do que imaginar que agem por maldade. De qualquer forma estamos todos indo sem querer e sem saber para a mesma direção, crescendo, se desenvolvendo e seguindo.

Devo compreender que a uns preciso ensinar e de outros, no entanto, devo aprender, mas estamos todos no mesmo andar...

Ao encontro da busca de sentido seguimos, mesmo muitas vezes sem termos a consciência que vamos, ou se perdendo nesse trajeto. Como me disse alguém especial, em um dia qualquer “as vezes é preciso se perder para enfim realmente se encontrar” ... e isso fez todo sentido.