Movimentos da Vida
É preciso ter coragem para se embrenhar em novas jornadas, novos desafios. Muitas vezes, a ingenuidade ou a paixão nos faz embarcar em dificuldades que nos tiram o ar, seja de emoção, seja por não enxergarmos, num primeiro momento, o quanto podemos sofrer. Entramos nessas trajetórias por amor, por ingenuidade, por acreditar que tudo pode dar certo.
Se precisamos ter coragem para entrar, é necessário de mais coragem ainda para sairmos delas e do compromisso emocional que adotamos conosco ou com o outro. Precisamos ter coragem para encarar alguns desafios que nos confrontam. Precisamos de coragem e de amor para nos lançarmos neles. Esse adentrar é construído na intimidade do encontro consigo e com o outro, com a tarefa, com o novo.
Se entramos num impulso, ou num encantamento, sair desses estágios, por sua vez, é fruto de compreensão, decepção e muita dor; é perceber que não é mais ali o nosso lugar. É enxergar o outro, mas muito mais a si próprio e a dor embalada.
Muitas vezes, nos constituímos e existimos a partir do olhar alheio que se reflete em nós. Nesse sentido, quando compreendemos, seguimos rumo a uma maneira de nos enxergarmos. Chega um momento em que o nosso olhar não é mais dirigido pelo outro, mas principalmente ele vai em nossa própria direção.
Avaliar o momento e os aprendizados daquela etapa nos torna mais coerentes com nossas escolhas. E, sim, as portas estão abertas para entrar e sair dos desafios que se sobrepõem ao nosso viver.
É preciso ter coragem...
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