Consciência à deriva
Pensamentos vão e voltam. Estão aqui e se mesclam do que tem ali. Retornam diferentes, contaminados, alterados, perturbados ou crescidos quiçá...
Quando vai – algo volta...O grito vai o eco volta... A palavra insana vai, a tristeza volta; o resmungo vai a bufada volta; o xingamento vai, volta a sensação de onipotência... e lá vai uma infinidade de possibilidades.
O afeto vai, pode demorar, mas volta de outras maneiras. Talvez por outras pessoas, talvez chega no endereço determinado e alinhavado além entendimento, além da nossa compreensão do momento.
Quanto mais você tenta se afastar de algumas coisas, mais percebe que está próximo. Existe uma parcela de aprendizado que não nos cabe escolher, estamos à mercê de algo maior.
Quando você vai – volta... Vai além, volta para encontrar o conhecido, o familiar. Conhece o estranho, volta para o que compreende, para consertar algo, acolher etapas, sentimentos que antes não percebia.
Tudo que você deseja para o outro volta para você. Em ínfimas camadas, a lei da atração, do retorno evidencia um novo e essencial compreender.
Quando você se afasta de si, algumas coisas te fazem retornar para tua essência, para teu eu, para outras coisas que não enxergava. Afinal você é afazeres, distração, conexão, entre muitas outras ações...
Caminhos trancados, truncados. Fluxo aberto, novas perspectivas, nova jornada. Se afasta, se aproxima.
O que volta diferente está no ciclo da transformação, e assim segue a consciência à deriva de cada um de nós, na tentativa de encontrar o seu lugar.
O mundo gira, dizem alguns, tudo que vai volta, dizem outros...E você acredita em quê?
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