A procura que ficou em aberto
Alguma coisa ficou em aberto, não foi dito do jeito que gostaria, não foi ouvida como deveria, não foi feito para acomodar o que necessitava...
Alguma coisa gerava desacomodação, desconforto e ele nem tinha conhecimento, e nem entendimento do que seria.
Ele ficou preso, ao olhar para o vazio do infinito, procurando algo que não encontrava, que não estava presente, que não fora construído.
Alguém deveria ter deixado registros de valor impressos nele, mas não deixou. Não se deu conta que tê-lo feito mudaria o destino de todos. E ele seguiu pela vida com a marca de uma ausência que se fazia presente em todos os seus momentos...
Culpabilizava todos que por ele passavam, afinal, alguém tinha que assumir a culpa pelos buracos que existiam nele.
Os dias passavam e a ausência se tornava maior, mais presente, mais significativa. Tanto que ele nem conseguia enxergar o que era aquele turbilhão de emoções que se originavam de uma coisa qualquer.
Nessa procura percebeu que só queria sentir que tinha alguém com ele. E para isso esperou pela acolhida incansavelmente, pelos dias, meses e anos que se seguiram... Até que essa acolhida que tanto procurou veio de alguém distante, aleatório que lhe nutriu de valor...
Foi ali que começou o processo de se conhecer, de realmente se amar e de se acolher...
Quem te nutre de valor hoje? Quem te diz vai, você consegue? Estou contigo!
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