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Vereadora do PSOL é assassinada a tiros no centro do Rio

por Ivan Sgarabotto

Marielle Franco foi a quinta parlamentar mais votada nas eleições de 2016

Foto: Ascom/Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro

A vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco, do PSOL, foi morta a tiros no bairro do Estácio, região central da capital carioca, na noite desta quarta-feira, 14. Ela estava dentro de um carro acompanhada de um motorista, que também foi morto, e de uma assessora, quando teria sido abordada por outro veículo.

Uma ambulância do quartel central do Corpo de Bombeiros foi acionada para o local e constatou a morte da parlamentar e do motorista. A vereadora estava indo para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, voltando de um evento ligado ao movimento negro, na Lapa.

Em entrevista concedida para o programa Conectado, da Tua Rádio, com a apresentação de Ronaldo Bueno, o diretor do curso de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Lenin Pires, falou sobre a morte da parlamentar. Ela foi aluna na UFF. (Acompanhe, em áudio a entrevista)

Perfil

Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016, com 46.502 votos. Nascida no Complexo da Maré, era socióloga, com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), tendo feito dissertação sobre o funcionamento das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) nas favelas.

Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Também coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio. No primeiro mandato, Marielle era presidente da Comissão Mulher da Câmara dos Vereadores do Rio.

Nota diz que governo acompanhará apuração do crime

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou ontem nota informando que “o governo federal acompanhará toda a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista que a acompanhava na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação” finaliza a nota.

Nota da OAB-RJ

Assim que tomou conhecimento do assassinato da vereadora do (Psol), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio, Felipe Santa Cruz, entrou em contato com a Chefia de Polícia para cobrar uma imediata apuração do crime.

“A OAB/RJ não vai descansar enquanto os culpados não forem devidamente punidos. Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado Democrático de Direito”, afirmou.

O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) também se manifestou, em nota, sobre o assassinato da vereadora e de seu motorista. O presidente nacional do IAB, Técio Lins e Silva, exigiu empenho das autoridades para a apuração do crime.

“O Instituto dos Advogados Brasileiros manifesta profunda preocupação com a ousadia demonstrada por grupos criminosos, que empregam métodos semelhantes aos utilizados pela repressão no período da ditadura militar”, disse o IAB.

Confira nota emitida pelo Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, através de professores e técnico-administrativos vinculados ao Departamento de Segurança Pública:

O Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, através de professores e técnico-administrativos vinculados ao Departamento de Segurança Pública,  vem publicamente manifestar seu pesar e absoluto repúdio diante do assassinato da vereadora Marielle Franco. Mulher, negra, mãe e lésbica, militante pelos direitos civis e humanos, vereadora a frente de um mandato popular. Estamos ao lado dos familiares, amigos, assessores e dirigentes partidários do PSOL/RJ nesse momento de profunda indignação. Exigimos das autoridades instituídas, num contexto de intervenção federal, o esclarecimento da autoria desse terrível atentado, que busca ferir de morte as expectativas dos trabalhadores, moradores de favelas, sobretudo mulheres e negras, ceifando a vida de uma representante legítima de suas lutas e que buscava, democraticamente, amplificar suas vozes de dor e permanentemente demandadoras de justiça.

Marielle, presente!

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